Cento e cinquenta trabalhadores da encerrada fábrica de material ferroviário circulante, Bombardier, na Amadora, reuniram-se em plenário, no dia 13, frente às instalações da empresa. Denunciaram que o Governo não cumpriu nenhuma das promessas feitas respeitantes à reintegração dos cinquenta trabalhadores abrangidos pelo despedimento colectivo. Posteriormente, seguiram em manifestação até São Bento, entoando a palavra de ordem: «Trabalho sim, desemprego não». Esta meia centena de trabalhadores está sem salários desde Julho.
A iniciativa contou com a participação dos deputados Bernardino Soares e António Filipe que, em solidariedade, deslocaram-se com os trabalhadores de comboio, da Amadora ao Rossio. A delegação sindical foi recebida pelos assessores de Santana Lopes.
O sindicalista António Tremoço confirmou à Lusa que a situação se arrasta desde Setembro, prazo previsto para a conclusão do processo de integração dos 50 funcionários na prometida nova unidade fabril gerida pela EMEF, empresa de manutenção da CP.
Por cumprir está também o acordo entre a CP/EMEF, a Agência Portuguesa de Investimento, a Câmara da Amadora e a Bombardier, que visa a elaboração de um plano director global no sentido de criar um pólo industrial e tecnológico, nas instalações da ex-Sorefame.